Conheça Esther, a nova estagiária de comunicação e mídia da GFC

Conheça Esther Aoko! A nova estagiária de comunicações e mídia da GFC compartilha como ela descobriu sua paixão pela defesa da comunidade e o que a atraiu para a GFC.

Headshot of Esther Aoko

VOCÊ PODE NOS CONTAR DE ONDE VOCÊ É E SOBRE SUA HISTÓRIA?

Nasci em Nairóbi, capital do Quênia. Minha mãe é professora primária e meu pai era corretor imobiliário. Estudei na escola da minha mãe nos primeiros estágios da minha educação e depois fui para uma escola primária pública. Depois de concluir o ensino fundamental, frequentei o ensino médio, onde tive a chance de descobrir quem eu era e quem eu queria ser.

Não consegui fundos para me matricular na universidade depois do ensino médio, e pareceu um revés no começo porque todos os meus amigos estavam indo. Fiquei me perguntando o que faria com meu tempo. Fiquei em casa por alguns meses e então decidi me juntar a um grupo comunitário como voluntário. Como parte do grupo, passei meu tempo ajudando membros da minha comunidade sempre que eles precisavam de ajuda.

Na época, eu não sabia que era assim que eu descobriria minha paixão. Eu também não sabia que isso acabaria sendo algo que eu acabaria querendo fazer ativamente por um longo tempo. Tenho me voluntariado e trabalhado no setor humanitário desde então, e tem sido muito gratificante.

Trabalhando para diferentes organizações, consegui economizar e me matricular na Universidade de Nairóbi, onde atualmente estou cursando bacharelado em diplomacia e estudos internacionais.

QUAL É A SUA MEMÓRIA FAVORITA DA INFÂNCIA?

Foi em 2013, durante a campanha para as eleições gerais no Quênia. Lembro-me de assistir às atualizações de notícias com minha mãe e ver uma lista das pessoas que estavam concorrendo à posição presidencial. Quando vi o nome de Martha Karua – uma mulher disputando a posição – senti um frio na barriga.

Eu estava tão acostumada a ver apenas homens tentando as posições mais altas, o que estava profundamente enraizado na ideia de que mulheres não eram capazes de ser líderes e que o espaço político era um mundo de homens. Infelizmente, essa narrativa foi passada de geração em geração e, portanto, cresci acreditando que era verdade. Fiquei em choque e perguntei à minha mãe se mulheres tinham permissão para concorrer à presidência, já que não conseguia acreditar no que via. Quando ela confirmou que sim, fiquei tão animada e, no dia seguinte, foi só sobre isso que falei com meus colegas de classe na escola.

A campanha presidencial de Martha Karua foi um movimento ousado que criou muitas oportunidades futuras para mulheres na liderança. E para meninas como eu, foi uma indicação de que nossos sonhos poderiam se tornar realidade, independentemente de quão assustadores os obstáculos parecessem. Esta é minha memória favorita porque foi neste dia que algo em mim mudou, e de repente tudo o que parecia impossível se tornou possível.

O QUE TE ATRAIU PARA ESSA LINHA DE TRABALHO E PARA A GFC?

Acredito que sempre há mais do que aparenta, e por isso, sou atraído pela ideia de transferir poder e dar uma chance a pessoas que, de outra forma, não seriam consideradas para oportunidades. Tendo tido o privilégio de trabalhar com e para organizações comunitárias, tive um assento na linha de frente para as circunstâncias que as privam da oportunidade de adquirir financiamento. Não é que elas não estejam fazendo o trabalho; é porque elas não têm acesso a recursos e plataformas que lhes permitirão se posicionar melhor para o financiamento.

Adoro que um dos principais objetivos da GFC seja mudar isso e garantir que organizações comunitárias tenham acesso a financiamento.

QUAL VOCÊ ACHA QUE SERÁ A PARTE MAIS DESAFIADORA DO SEU TRABALHO? QUAL SERÁ A MAIS SATISFATÓRIA?

Acredito que a parte mais desafiadora e gratificante do meu trabalho será desaprender algumas das práticas que adquiri ao longo dos anos, para abrir espaço para aprender e reaprender novas práticas recomendadas.

POR QUE VOCÊ ACREDITA QUE O TRABALHO DA GFC É IMPORTANTE?

Acredito firmemente que o poder inerentemente está com aqueles que decidem o que é priorizado, relevante ou necessário na sociedade. Exercer essas decisões requer equidade e recursos. O trabalho da GFC é importante porque a organização está conscientemente se afastando do paradigma tradicional de cima para baixo, que em muitos casos tira o poder das organizações baseadas na comunidade.

Este é um passo audacioso e muito necessário para efetuar uma mudança de poder. Embora as organizações comunitárias sejam a espinha dorsal da realização de mudanças no mundo, elas são frequentemente deixadas para trás, pois raramente têm a chance de acessar financiamento. É aqui que entra o trabalho da GFC.

A GFC investe em organizações comunitárias ao redor do mundo para ajudar crianças e jovens a atingirem seu potencial máximo e promoverem seus direitos. Ao fornecer financiamento flexível para organizações comunitárias e construir relacionamentos baseados em confiança com seus parceiros, a GFC devolve a essas organizações seu poder que é constantemente tirado delas pela falta de recursos e suporte. A abordagem da GFC contribui muito para garantir que as comunidades sejam capazes não apenas de possuir suas necessidades e soluções, mas também de descobrir e implementar maneiras de reter seu poder. O poder muda quando o poder é compartilhado!

#FunFacts Sobre Esther

QUAL ERA SEU BRINQUEDO FAVORITO QUANDO VOCÊ CRESCIA?

Eu tinha um carrinho de brinquedo grande que ganhei de presente por vencer uma competição de redação na escola. Era vermelho, que é minha cor favorita. Esse era meu brinquedo favorito de todos os tempos, pois ganhá-lo era uma indicação clara de que eu poderia fazer qualquer coisa que eu quisesse. Era feito de um material muito durável, e eu o mantive no meu quarto ao longo dos anos. Recentemente, tive que me desfazer dele, o que foi muito triste. Eu o passei para meu sobrinho, e espero que ele cuide dele e o passe para outra pessoa algum dia.

O QUE VOCÊ QUERIA SER QUANDO CRESCESSE?

Eu sempre fui obcecado com a ideia de defender aqueles que não eram capazes de se defender por uma razão ou outra. Isso me colocou em muitos problemas tanto na escola quanto em casa. Conforme fui crescendo, imaginei que ser advogado me permitiria fazer isso, então comecei a focar nisso. Infelizmente, esse sonho começou a ficar confuso quando não pude frequentar a universidade depois de terminar o ensino médio.

Eu ainda queria lutar pelos outros, e isso me levou a procurar outras maneiras de fazer isso. Comecei a fazer advocacia comunitária, onde eduquei os membros da minha comunidade sobre seus direitos, como reconhecer quando seus direitos foram retirados e o que eles poderiam fazer quando isso acontecesse. Ao fazer isso, encontrei minha voz novamente. Desde então, tenho usado minha voz para destacar os diversos desafios que crianças e jovens enfrentam e também para compartilhar recomendações sobre como erradicar esses desafios.

Meu eu de 8 anos ainda acredita que é possível estudar direito e me tornar advogada, e prometo manter o sonho vivo e trabalhar incansavelmente para realizá-lo.

O QUE VOCÊ FAZ PARA SE DIVERTIR?

Adoro ir ao cinema e ler livros.

VOCÊ TEM ALGUM ANIMAL DE ESTIMAÇÃO?

Não, eu não tenho animais de estimação.

SE VOCÊ PUDESSE TER QUALQUER SUPERPODER, QUAL SERIA?

Definitivamente voando. Seria muito legal estar alto no céu e olhar para baixo para esta linda Terra.

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